sábado, 6 de novembro de 2010

Vol.1-Capítulo 3 Pt.1-Sem palavras

(...) o dia foi lento e abrandou á medida que ia chegando a noite, cada minuto, cada segundo pareciam demorar o triplo. Quando finalmente escureceu o tempo voltou ao normal, o céu ficou de certa forma mais claro embora fosse escuro, de certa forma mais estrelado embora fosse escasso em estrelas, parecia que uma mistura de brilhantina e aguarelas desbotadas...
Caminhava em direcção ao que supostamente não seria nada, embora eu esperasse tudo...calmamente sentámo-nos sem nos olharmos, nenhuma palavra foi dita apenas silêncio se mantinha.
Por alguma razão não falámos, mas sem percepção, os nossos corpos falavam por nós. Lentamente os nossos dedos tocaram, e ambos seguíamos os seus movimentos...igualmente aproximando-nos um do outro até ao ponto que corpo e mente trabalhavam em conjunto, embora fosse confusa e atrapalhada a acção da mente...
No final vi que era mútuo e assim deixei-me levar, ficando sem palavras...nunca soube tão bem ser levado pela maré (...)

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